TARE: Quando a restrição a alimentos impacta a vida da pessoa

Ter preferência por certos alimentos e não gostar de outros é natural, inclusive porque a nossa relação com a comida, além dos aspectos sociais e econômicos, é construída a partir da nossa história. E, por isso, é indivídual. Mas, quando esse não gostar tem um impacto tão profundo ao ponto de criar uma aversão a esses alimentos, pode se tratar de um caso de TARE - Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo.

O que é Transtorno Restritivo Evitativo.

O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo ocorre quando há uma recusa completa de ingerir alguns alimentos e uma tendência a evitar experimentar novos sabores e texturas. No TARE, ao contrário da anorexia e da bulimia, a não ingestão dos alimentos não está ligada à preocupação com o peso. O próprio aspecto da comida, seja o visual ou mesmo o cheiro, pode causar a negação em ingeri-la e até mesmo sensação de náusea ou outros aspectos físicos e psicológicos.

Impactos do Transtorno Restritivo Evitativo

É importante ressaltar que é comum que crianças passem por fases de maior restrição com alimentos, o que não significa que se trata de um transtorno alimentar. É essencial, no entanto, que a família observe o comportamento e a relação da criança com a alimentação, pois o comportamento pode revelar muita coisa. Por exemplo, a associação de emoções negativas e traumas a determinados alimentos ou mesmo uma maior sensibilidade (paladar ou olfado mais aguçados) podem influenciar nesse processo do comer.

Tratamento para o Transtorno Restritivo Evitativo

Como cada pessoa é única, é necessário que a abordagem também seja personalizada. Ao invés de simplesmente forçar que a pessoa coma ou de criar uma sensação de culpa, é necessário abrir espaço para a escuta para que o outro se sinta confortável para procurar ajuda. Se a relação com a comida é construída, nós sempre podemos transformá-las, cada um no seu tempo, buscando o bem estar a partir de seus próprios termos.