Terrorismo Nutricional e Críticas: Precisamos falar sobre isso!

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O que é terrorismo nutricional?

O Terrorismo Nutricional faz com que a sociedade pense que certos alimentos devem ser banidos para sempre do nosso prato. Claro que precisamos fazer escolhas alinhadas ao nosso objetivo e estilo de vida, mas é muito importante para a saúde conectar a mente e o corpo.

Dentre outros problemas, o terrorismo nutricional faz com que algumas datas comemorativas sejam as grandes vilãs da nossa dieta. Ele nos faz comer com culpa em dias que deveríamos estar confraternizando. E o que a culpa faz? Cria distúrbios e compulsões. Além disso, ele induz pessoas próximas a criticar o peso alheio ou até mesmo "vigiar" o que estamos comendo naquele dia.

Comidas típicas e afetivas x terrorismo nutricional

É nessas horas - no São João, Natal, Páscoa - que mais confraternizamos. Momento de valorizar tradições ou criar nossos próprios costumes. Como aquele pé de moleque da nossa avó, o cozido com gosto de pai, aquele bolo de fubá da casa da sogra e o mil​ho com cheirinho de roupa quadriculada.

Em tempos de pandemia, longe de todos e sem roteiro, a comida afetiva tem mais valor, pois quando comemos com consciência, é possível acessar o que a comida representa. Você já tentou ressignificar aquele potinho de quindim? Que tal experimentar saboreá-lo enquanto ouve um forró, estando presente em cada garfada, sem pressa, até entender que, além de delicioso, ele pode ter um novo gostinho: LIBERDADE.

A festa não é só sobre alimento, mas, muitas vezes, deixamos de curtir porque nossa relação com a comida é nociva por conta do terrorismo nutricional. Não é um prato de canjica que te fará menos saudável. Então não deixe que aquele seu amigo ou familiar consiga te colocar para baixo.

Ressignificando críticas: enalteça quem você ama!

Infelizmente, quase todo mundo tem aquela pessoa próxima que já fez se sentir mal quando o assunto é corpo. Seja um olhar ou uma palavra descuidada; uma opinião não solicitada sobre o doce ou a salada no prato do outro; ou quando a colega magra dramatiza seus novos dois quilos na frente da amiga fora do padrão.

Não é necessário podarmos toda e qualquer conversa sobre corpos. Basta deixar o terrorismo nutricional de lado e praticar o básico: zelo.

Ou seja, pense bem antes de criticar o corpo alheio, a suposta “falta de cuidado” de uma pessoa ou o seu próprio abdômen. Você pode estar colocando alguém para baixo. Que tal nos esforçarmos para colocar quem a gente ama para cima? E se nós nos importarmos com a auto-estima dos nossos amigos? Vamos ser aquela pessoa que olha no olho e não o corpo inteiro?

Cuidem das pessoas que confiam em vocês e sintam o cuidado fazer o caminho de volta!