Comer Emocional: aceite sua trajetória e não seja refém da comida!
O prazer em certos alimentos vem de berço
Para começar, proponho que voltemos ao começo. O primeiro paraíso: O colo da mãe ou da pessoa que nos amamentou. Tinha conforto, amor, carinho e mais o quê? Comida. A primeira delas, que não apenas nos alimentava, mas também era a nossa maior fonte de prazer.
Momentos felizes geralmente vêm acompanhados de gente querida e boas comidas!
Agora, pensa nos primeiros meses de 2020 - quando coronavírus era algo distante - quais momentos felizes aparecem para você?
Para mim, são os encontros com amigos, os almoços em família, os jantares a dois, os açaís de frente para o mar. Quase todas as memórias têm a comida como coadjuvante: massa, café, brigadeiro, peixada. Muitas vezes, trancada em casa, recorro ao alimento porque ele é um carinho no coração, não necessariamente uma resposta ao meu estômago.
Eu sei que por aí vocês também fazem isso, mesmo que inconscientemente. Tem a pipoca que faz o cinema em casa, a pizza “prêmio” depois da faxina pesada, o sushi da sexta-feira. Fome e vontade comer não são a mesma coisa, porque comida não é apenas caloria. É a vida em suas várias facetas (e isso é o que me fascina nos alimentos).
O comer emocional faz parte de nós
O comer emocional está em nossa trajetória e temos que aprender a respeitá-lo. Como? Sendo melhores ouvintes de nós mesmos.
Sim, ele pode se tornar um problema quando há um ciclo punitivo em relação ao alimento ou quando a comida se torna todo o foco de atenção da pessoa quando ela não vai bem. Se isso faz sentido para você, procure ajuda.
Refeição sem culpa nos faz menos reféns da comida!
Mas, no comer emocional, também existe a cura: permitir-se o prazer na refeição, sem culpa, nos faz menos reféns da comida. Sentir o cheirinho do milk-shake, degustar cada gole com consciência, feliz por ter se dado o agrado e sabendo que talvez ele tenha gosto de baunilha mistura com infância - e é por isso que fica tão gostoso nesse feriado meio torto.