Relação entre comida e sentimento
Comida não é só fonte de nutrientes. Alimentar-se não precisa ser apenas um ato mecânico. Nesse processo, há muitos fatores envolvidos, entre eles o emocional.
A alimentação está relacionada com o cérebro e, por consequência, com a nossa capacidade cognitiva. Para além do paladar, com outros sentidos, como a visão e o olfato, e envolve fatores de ordem pessoal e coletiva, próprios da cultura em que a pessoa está inserida. Por isso, comer está relacionado também com as emoções - boas ou ruins - e ao humor.
Como a comida se relaciona com os nossos sentimentos
Já parou para pensar que uma experiência traumática com um determinado prato pode fazer com que alguém diga que odeia certo tipo de comida e nunca mais a ingira? Ou mesmo que deixe de experimentar algo só pela aparência ou textura? E, por outro lado, que a simples ideia de um prato ou um cheiro específico possam trazer boas memórias, alegria, nostalgia?
Muitas pessoas lidando com transtornos alimentares experienciam uma relação dolorosa com a comida e é preciso que a sociedade compreenda as especificidades desse tipo de processo e possa oferecer suporte para o tratamento, sem estigmas.
Se a gente começa a compreender a complexidade do assunto, e o encara com mais empatia, fica mais fácil de desmistificá-lo. Perceber como nos relacionamos com a comida nos ajuda a entender, de forma mais ampla, os sinais do nosso corpo e do nosso emocional.
Já ouviu falar em alimentação intuitiva?
Alimentação intuitiva e inteligência emocional, portanto, têm uma ligação mais íntima do que costuma-se pensar.
O comer intuitivo é uma prática transformadora em qualquer idade. Ele é, sobretudo, respaldado pela ciência (em tempos de negacionismo científico, é importante ressaltar isso). Temos muito a aprender com os idosos - com suas histórias, dificuldades e experiência.
E, sim, cada organismo funciona de um jeito. Nem sempre todos os alimentos funcionam e fazem bem para todas as pessoas. Por isso, ter acompanhamento profissional é fundamental. Afinal, para ser libertadora, a alimentação intuitiva precisa ser antes de tudo consciente.
Fica a reflexão
Te convido, então, para refletir da próxima vez que for comer que tipo de emoção aquele alimento te traz. É um exercício que, a longo prazo, tem um efeito significativo para o autoconhecimento.