Como identificar os sinais de saciedade

O processo de alimentação intuitiva passa por uma reconexão com o nosso corpo, por um processo de aprendizagem da escuta das nossas necessidades. E, assim, de reconhecimento das sensações de fome e saciedade.

Pensemos em um bebê: de forma inconsciente e instintiva, ele, em geral, sabe expressar quando precisa de alimento e também quando já está satisfeito. Mas, à medida em que crescemos, por convenções sociais e a própria dinâmica da vida, às vezes "desaprendemos" a entender os sinais do nosso organismo. Entender quando a saciedade da fome acontece não é tão difícil quanto parece e hoje vamos falar sobre isso.

Entendendo a saciedade

Bato sempre nesta tecla porque ela é muito importante: não existem fórmulas imutáveis e milagrosa quando o assunto é fome ou saciedade. Cada corpo sabe suas necessidades e, por isso, é importante que você aprenda a entender o seu. O que ele te diz?

No meio de tantos estímulos - e, lembre-se, a cabeça de uma pessoa com transtornos alimentares costuma ter esses ruídos de forma mais intensa - muitas vezes pode ser difícil ter essa escuta ativa e afetiva.

Como identificar os sinais da saciedade

Alguns hábitos, no entanto, podem ajudar nesse processo. Honrar sua fome é um passo importante. Está com fome? Coma. Comeu, não sente mais fome e não está sentindo desconfortos após a refeição? Então a saciedade foi atingida!

Não comer quando se está com muita fome também é um hábito que ajuda, pois a fome intensa pode "enganar" o nosso corpo. Também vale reservar um tempo para apreciar a comida e mastigar com calma, saboreando a refeição; entender o que está sentindo antes de começar a refeição (sim, pois nossas emoções influenciam no nosso comer).

Olhar os alimentos sem ideias preconcebidas de "vilões" e "mocinhos" também é essencial para passar a enxergar a comida e sua relação com ela de outra forma. Esse respeito às suas necessidades parte de um entendimento próprio.

Escute o seu corpo

Algumas vezes, esse processo não vai ser efetuado sozinho, pois, diante dos transtornos alimentares, é necessário o acompanhamento profissional.

Isso, no entanto, não deve ser motivo de vergonha ou culpa. Cada um vai vivenciar da sua forma e o importante é entender o que você, seu corpo e seu emocional precisam para que se sentir em equilíbrio.