A falácia por trás da ideia de que você é aquilo que você come
Entre os dizeres mais popularizados relativos à alimentação está o de que "você é o que você come". Essa ideia carrega uma série de preconceitos e é muito perigosa pois estimula uma relação conturbada com a comida, fortalecendo ideias de restrição que podem causar sofrimento e estimular comportamentos transtornados com a alimentação.
Isso ocorre porque, no momento em que certas refeições são vilanizadas, o ato de comê-las é visto como uma transgressão e, portanto, passível de punição e culpa.
Mitos sobre a ideia ‘você é o que você come’
Esse é um tipo de pensamento que deve ser combatido no que diz respeito à alimentação. Nossa relação com a comida deve ser saudável em todas as esferas, entre elas a emocional, que constantemente é negligenciada por aqueles que pregam dietas restritivas. Ter consciência sobre o que se come - e o porquê - é um caminho positivo para entender o que faz sentido para você.
Você não é o que você come. Nossa complexidade é muito maior do que isso. Somos um conjunto de vivências, sonhos, medos, esperança, traumas. Somos seres em constante transformação, buscando a felicidade e o bem-estar. O ato de comer não precisa ser associado a sentimentos negativos.
Construindo uma relação saudável com a alimentação
Te convido a fazer um exercício: comece a refletir sobre o que te traz felicidade, quais sentimentos você associa a certos tipos de alimento e aos momentos de refeição. Comece a escutar seu corpo e a perceber o que ele quer te dizer. Procure mergulhar na sua complexidade e tente não se pautar pelos outros. Você é uma pessoa única e, portanto, sua relação com a comida, os sentimentos e o mundo, também.