O outro lado do exame de biompedância
Bioimpedância. Um exame simples, indolor, mas que muita gente teme fazer. As treze letras desta palavra são capazes de assustar qualquer pessoa ou pelo menos dar um friozinho na barriga de quem sabe que vai encará-la. Imagine só, uma máquina capaz de colocar em números, tudo o que o seu corpo é.
Só que existe uma verdade indiscutível: o seu corpo não é feito por números. Os números nunca definiram ninguém e, se tratado do nosso corpo, a bioimpedância pode sim ter impressões erradas sobre quem somos.
Pensando nisso, hoje te convido para uma reflexão sobre a tal da bioimpedância. Fica comigo!
A bioimpedância não define quem você é
A bioimpedância é responsável por falar sobre peso, massa magra, gordura, proporção de um pro outro, excessos, faltas, necessidades. Tudo numérico. Você se resume a um número na balança e esse número vai se desdobrando pra milhares de outros números e medidas que afirmam que só quando você alcançar novos números, será uma pessoa melhor.
Se pararmos para pensar um pouco, notaremos que não é fácil quantificar desejos, vontades, sorrisos e dificuldades. Essas coisas, que também fazem parte de quem somos, não conseguem ser medidas assim. Vamos muito além. Somos muito mais. Somos feitos de carne, osso e muita alma. E a nossa alimentação não foi feita para se adequar a caixinhas de números. Descobrir a alimentação intuitiva nos liberta.
Comer bem e viver sem o peso que a balança traz: é possível?
Ser livre na alimentação é entender que tudo é possível. Tudo. Que não há a necessidade de quebrar regras - porque elas não existem. Comer intuitivamente, sabendo a hora de começar e de parar, respeitando o corpo e se escutando, faz com que você não sinta que está agindo errado em determinado momento.
Quando colocamos em prática essa nova relação com a comida, descobrimos que não há "uma forma de acertar". Todas as formas estão certas. Somos únicos. Gostamos das nossas coisas, do nosso jeito.
Precisamos esquecer dos números se quisermos nos libertar. A balança não lhe mostra saúde - caso contrário, uma calculadora também lhe mostraria. Um dia eu ouvi alguém falar que "a balança não mente". Pois bem: ela mente sim. A única verdade que podemos confiar é aquela que vem de dentro de nós.