Rodízios alimentares não são inimigos
Quem nunca deixou de ir a um rodízio (seja de sushi, massa ou carne) com os amigos por achar que cometeria um "crime" contra a própria saúde alimentar? Ou quem foi a um rodízio, comeu como se não houvesse amanhã e se culpou profundamente por isso?
Acho que todo mundo em algum momento passou por uma dessas experiências. Os rodízios de alimentos costumam ser vistos como o "terror" das dietas. No máximo, são tolerados na lógica do "dia do lixo", ou da "jacada", para compensar o "sacrifício" das pessoas em dieta.
Repensando os rodízios alimentares
O problema não está nos rodízios em si, mas sim no sentido que muita gente atribui a eles: "aproveitar o máximo possível", "fazer valer cada centavo", "comer agora tudo o que eu me privo sempre".
Algumas pessoas vão a rodízios não para ter prazer em se alimentar, mas para comer como se realmente não houvesse amanhã. É justamente essa lógica de privação e restrição que pode nos levar a cometer excessos que atrapalham nossos processos físicos e mentais de bem-estar.
É aí que entra o comer intuitivo. O rodízio pode ser um momento de prazer e experimentação se eu souber como apreciar os alimentos, aproveitar o momento junto aos amigos e familiares e não ficar preocupado em ingerir o máximo de coisas possíveis.
O que fazer durante o rodízio alimentar
Ao invés de nos privarmos de um rodízio, nós podemos ouvir o nosso corpo. Quando minha fome sacia? Eu já estou satisfeito com esses alimentos? Eu consegui aproveitar essa experiência de maneira prazerosa?
Tudo bem se você quiser participar de um rodízio, desde que você não se deixe cair na armadilha da equação "restrição = excesso". E tudo bem se você não quiser também. Você não deve se sentir pressionado porque seus amigos escolheram o rodízio, e você não.
O importante é se ouvir, ouvir o seu corpo e entender os caminhos e escolhas que te deixam bem, pleno e confortável consigo mesmo.