Já ouviu falar em distorção da imagem corporal?

E quando a busca pela aparência "perfeita" deixa a gente "cego" para o nosso próprio corpo? Isto é, faz com que a gente olhe e perceba o nosso corpo não como ele é de fato, mas de uma maneira distorcida, negativa, quase "criminosa"?

Isso não é coisa de filme ou novela, mas uma realidade bastante concreta para muitas pessoas que lutam contra esse problema. Tem até um nome específico pra isso: transtorno dismórfico corporal, dismorfofobia ou simplesmente distorção da imagem corporal.

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O que é Dismorfobia?

Não se trata de uma mera invenção ou exagero - é realmente a maneira como a pessoa se enxerga diante de seu próprio reflexo. Pelo menos 1,5% da população mundial sofre dessa condição - a maioria mulheres, pela maior pressão imposta pelos padrões de beleza.

A distorção da imagem corporal é uma doença de aspecto social que geralmente se expressa a partir de três aspectos: cognitivo, ligado à expectativa irreal de possuirmos um padrão corporal específico; comportamental, quando a pessoa evita situações nas quais o corpo esteja em evidência, e aí opta por escondê-lo ou mesmo depreciá-lo; e perceptual, quando percebemos, enxergamos e sentimos nosso corpo de maneira distorcida da realidade.

Como ocorre

O transtorno da imagem corporal faz com que a pessoa tenha uma consciência distorcida de si mesma, o que leva ela a batalhas internas que causam angústia, sofrimentos e estão sujeitas a um sem número de gatilhos emocionais e corporais. Ele também costuma estar associado a outras condições adversas, como depressão, anorexia, bulimia e ansiedade.

Vale ressaltar: a distorção da imagem corporal não se limita a casos de pessoas que se veem mais gordas ou mais magras do que realmente são. Inclui também aquelas pessoas que buscam "perfeição" através de músculos, cirurgias plásticas e até um sorriso branco "ideal".

É preciso estar atento aos sinais

Nem sempre é simples de se identificar esse transtorno. Devemos estar atentos aos sinais - de nós mesmos e daqueles ao nosso entorno. O caminho de volta à realidade e à nossa consciência corporal existe. E ele pode e deve ser trilhado através de apoio, diálogo, acolhimento e processos terapêuticos