Como identificar um compulsivo alimentar?

Hora de acordar. Ótimo! O nosso cérebro manda mensagens para o nosso corpo dizendo que precisamos estar muito bem acordados para iniciar a nossa rotina diária. Aí é onde pensamos ''uma comidinha cairia bem agora, já que estou há algumas horas sem comer''.

Na hora do almoço, a sensação vem, e a sensação de saciedade também vem. Por isso, paramos de comer. Podemos repetir aquele prato que tanto amamos, mas sabemos a hora de parar.

A compulsão alimentar acontece quando alguém não sabe a hora que deve parar de comer e que, apesar de estar saciado, nunca está satisfeito. Até se entender compulsivo, há um caminho, mas isso é possível de ser feito.

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Entendendo a compulsão alimentar

A vontade de comer até passar mal - e depois sentir muita culpa - e depois sentir que precisa comer para preencher o vazio que a culpa deixa, é o retrato da compulsão. Que chega de fininho, e vai desafiando os limites. A compulsão transforma tudo - ela lhe deixa cego, surdo e mudo. Você não nota, não escuta mais o que o seu corpo tem para dizer e claro, não pede ajuda.

Como identificar um compulsivo alimentar?

Identificar um compulsivo alimentar não é difícil: basta saber que não há nenhum sinal do corpo dizendo a hora de parar sendo ouvido. O que existe é uma série de etapas que precisam ser cumpridas para que um ciclo se feche.

Não se tem controle, só se tem uma vontade por cima da outra. É como se o seu corpo não tivesse voz - apenas a sua mente e os seus desejos importam. Mas um corpo "mudo" não está bem.

A compulsão nada mais é que perder o controle. Completamente. Sobre o que se quer, como se quer, quando se quer. É testar limites: "até onde consigo aguentar?", um compulsivo pode se perguntar. O que esquecemos é que o nosso corpo aguenta muito - até não aguentar mais.

É preciso parar de ouvir a voz da compulsão

Olhar com carinho para uma pessoa com compulsão alimentar é conseguir ouvir aquela voz lá de dentro que diz "eu perdi o controle mas estou aqui". E então, começamos a buscar a voz do próprio corpo. A comida não pode gritar mais alto que nós. A compulsão não é falta de força de vontade. É uma doença e precisa de cuidado, tratamento e um acompanhamento especial.

Se reconectar, se ouvir e se amar: o primeiro passo começa dentro da gente. Ainda bem!