Como melhorar o relacionamento com a comida e mudar hábitos?
Antes de mais nada, se você já deixou de ir para alguma festa com medo de encarar docinhos, bolos e algumas coxinhas incríveis frente a frente, esse post é para você. O seu relacionamento com a comida não anda bem, não é mesmo?
Quando um relacionamento não vai bem, muitos momentos são deixados para trás
Você já parou para pensar quantas oportunidades de aproveitar momentos com os amigos tiveram a atenção roubada por uma cerveja que não podia ser tomada, um petisco que teve que ficar de lado, uma pipoquinha no cinema que você preferiu evitar para não sentir como se tivesse sabotando a própria alimentação?
O quão regrada você acha que sua dieta precisa ser para se sentir confortável com o seu próprio corpo? Acordar cedo sempre? Não faltar aos treinos? Pular o happy hour e ir direto para a academia? Na balança da vida, todos aqueles momentos em que não estamos nos cobrando são essenciais para que a nossa cabeça permaneça no lugar.
Ressignifique seu relacionamento com a comida e viva melhor
Nesse sentido, a relação entre comida e corpo é como uma via de mão dupla: eu me alimento para me sentir bem, eu me sinto bem, por isso me alimento. Ressignificar essas comidas que fazem parte do nosso dia a dia e nos mostra que podemos ser flexíveis sim, que o que realmente importa é o equilíbrio: Mostrar ao nosso corpo que não estamos privando ele de momentos de prazer, faz com que a comida não se torne uma recompensa. Ao contrário, se torna um momento cotidiano e também importantíssimo.
Ou seja, quando abraçamos as vontades do nosso corpo, reduzimos a abstinência e a necessidade por algo e reconstruímos o laço que havia sido criado de maneira imposta, abrindo espaço para o diálogo e relacionamento com a comida.
Entendemos o nosso corpo, respeitamos o nosso corpo e saciamos a nossa vontade. Desse jeitinho, mais feliz, ele com certeza vai ser mais gentil com a gente também! E claro, nada de perder as próximas festinhas depois que o isolamento acabar, viu? Com equilíbrio, o seu corpo (e a sua mente) agradecem!
É preciso eliminar, também, o imediatismo
Igualmente, a pressa é inimiga da perfeição. E olhe que a perfeição nem existe. Mas a pressa, esse bichinho que consome a gente por dentro nas pequenas coisas, também quer estar presente nas grandes.
E nisso, desenvolvemos uma urgência de ter tudo para ontem: inclusive em coisas que precisam de tempo. No relacionamento com a comida, com as pessoas, nas tomadas de decisão, em investimentos e na vida, queremos tudo para ontem. Com a nossa mudança de hábitos não poderia diferir, não é?
Constantemente, quando escolhemos restringir nossa alimentação, temos a dificuldade de entender que tudo precisa de tempo. O nosso corpo, que estava acostumado com algumas comidas, não vai se acostumar do dia para a noite com todas as mudanças que decidimos fazer em uma semana. Tudo é constância, equilíbrio e paciência.
Em outras palavras, educando nossa mente e nosso relacionamento com a comida, conseguimos compreender o ciclo de mudanças pelos quais o nosso corpo precisa passar para que isso seja refletido no espelho, na nossa disposição e na nossa autoestima.
Cada corpo tem seu tempo
Nesse sentido, o tempo do nosso corpo talvez não é igual ao que imaginamos que ele seja. Isso quer dizer que ele tem algo a nos ensinar, e precisamos gentilmente entender isso.
Então, buscar imediatismo no processo de ressignificação é pular etapas. E nada de verdadeiro pode ser construído assim. Precisamos respeitar nosso tempo, sem datas limite, sem prazos surreais, sem pressão. Somente com calma e carinho é possível transformar seu corpo, sua mente e sua relação com a comida.
Comer é um ato de amor. Seja gentil consigo mesmo!
Antes de tudo, desde pequenos, somos ensinados a tratar os outros com gentileza. Com carinho, empatia, afeto. Aprendemos a respeitar espaços, entender o tempo de cada um, aprendemos até a tratar o outro como queremos ser tratados. Mas será que a gente se trata bem também?
Entender cada processo e buscar ser gentil em todos eles, é um processo nada linear, mas muito repetitivo. Quando trazemos a gentileza para o nosso relacionamento com a comida, descobrimos que elas são, além de incríveis, parte de quem nós somos. Isso porque, entender a comida como nossa amiga torna tudo mais fácil, mesmo tendo dias que a gente prefere não puxar papo com ela. Essa relação de amizade faz com que o nosso corpo entenda que tudo o que está ali dentro foi escolhido com carinho.
Em conclusão, nutrir de forma gentil é acreditar que comer é um ato de amor que precisa ser praticado diariamente. É entender o corpo, a mente e o coração. E sim, o coração pode estar certo sobre aquele brigadeiro.