Como a nossa sociedade reprime o comer intuitivo

Você já parou para refletir sobre como somos bombardeados diariamente com discursos que estimulam uma relação conturbada com a comida?

Certos comportamentos e alimentos são vistos como vilões, apenas certos corpos são entendidos como aceitáveis, enquanto a grande maioria da população é culpabilizada por não se encaixar nesses protótipos.

Nesse cenário de vigilância e dietas restritivas, o comer se torna uma ação cheia de regras, pautada pelo medo e ansiedade e descolada da singularidade que cada ser humano possui.

Dietas restritivas x comer intuitivo

 A cultura de dietas restritivas pode impactar a saúde física e emocional de várias formas, tendo entre seus resultados aumento da compulsão alimentar, da preocupação com comida, da sensação de fracasso e diminuição da taxa metabólica.

É um tipo de mensagem que é reforçada a todo momento em meios de comunicação, na publicidade e nas próprias relações sociais. Desde comentários sobre o peso e aparência até sobre o que o outro está consumindo, esses mecanismos reforçam de alguma forma um controle sobre os corpos.

 Na contramão dessa padronização violenta, o comer intuitivo preza pela autoconscientização. O que é importante e faz sentido para você? Por que não comer quando seu corpo sente fome? Como dissociar o comer de padrões emocionais de sofrimento? Esse processo busca aproximar a pessoa de si, entendendo que o que funciona para outra pessoa não necessariamente vai caber na rotina dela. Afinal, cada corpo é único. E a forma de comer também (e isso é assunto para um outro texto em breve!)

Contra as repressões

 Aprender a entender as necessidades corpo - tanto na fome quanto na sensação de saciedade - impacta toda a sua forma de comer. A alimentação intuitiva parte do pressuposto de que não há restrições para comer e que é importante separar as necessidades fisiológicas das demandas emocionais. É um processo de fazer as pazes com a alimentação, lembrando que ela pode ser prazerosa, respeitando suas necessidades e saúde.

 Me conta: você já ouviu seu corpo hoje?