Redes sociais e a idealização dos corpos
Quando a gente tá no Instagram rolando o feed, vem uma infinidade de imagens na nossa frente. Mas como as pessoas não costumam compartilhar os momentos triviais ou mesmo ruins do dia a dia, a maioria dessas fotos é de pessoas aparentemente felizes, saudáveis, tranquilas e de bem com elas mesmas.
Nosso feed se torna um poço de idealizações, que podem ser negativas e reverberar contra nós mesmos. Sim, estamos falando daquelas coisas que não existem, mas que somos ensinados desde cedo a desejar: uma vida perfeita, um corpo perfeito, um/a namorado/a perfeito/a, e por aí vai.
Relação entre redes sociais e pressão estética
As redes sociais acabam virando uma espécie de espelho torto de nós mesmos, afinal, vemos esse tipo de imagem o tempo inteiro, mas raramente nos enxergamos ali.
Hoje queria falar especificamente de algo que com certeza afeta ou afetou todos nós em algum momento da vida: idealizações corporais.
Além da mídia tradicional (revistas, cinema, televisão, etc.) nos bombardear com arquétipos corporais "perfeitos" desde sempre, ainda somos submetidos a uma imersão sem fim de padrões corporais a qualquer momento do dia através das redes sociais.
Idealização corporal nas redes sociais
Corpo magro. Corpo bronzeado. Corpo musculoso. Corpo "sensual". Corpo "sexual". Corpo "saudável". É tanta idealização, é tanta ideia do que um corpo tem que ser, que a gente fica tonto, exausto e frustrado. Haja ordem, regra, padrão e idealização.
A gente é levado a se culpabilizar por simplesmente não atingir esses patamares absurdos que nos impõem. Observem que coloquei entre aspas "sensual", "sexual" e "saudável" - porque, nesse contexto, não se trata do que essas palavras são, mas do significado limitado que a sociedade quer que elas tenham. Afinal, podemos ser sensuais, sexuais e saudáveis de múltiplas maneiras.
Busca pela relação saudável
É importante que a gente reflita sobre o conteúdo que a gente consome no dia a dia, tanto nas mídias tradicionais quanto, e especialmente, nas redes sociais. Quais crenças estamos construindo ao consumir determinado tipo de conteúdo? Que conteúdo pode me dar autonomia e liberdade sobre mim mesmo? E quais me aprisionam em crenças limitantes e mentirosas? Vamos pensar juntos e crescer para além dessas idealizações irreais.