Se olhar e não se ver: você já ouviu falar em Vigorexia?
Quando se trata de transtornos alimentares e de autoimagem, ainda existem muitos tabus e preconceitos. Para a maioria das pessoas, é difícil entender o que se passa na cabeça de alguém que está nesse processo e, em geral, são perpetuadas atitudes punitivistas e que culpabilizam justamente quem está precisando de ajuda, compreensão e acolhimento.
Para além de transtornos mais popularizados, como anorexia, bulimia e compulsão alimentar, outros também afetam um número significativo de pessoas - e precisamos abertamente sobre eles. É o caso da vigorexia. Já ouviu falar? Acompanhe:
O que é Vigorexia
Vigorexia é o nome dado para a dismorfia muscular, um problema que faz com que os pacientes se enxerguem seus portes físicos de forma errônea.
Trata-se de um transtorno no qual a pessoa se vê fraca e sem músculos, quando, na verdade, é forte e vista como atlética por todos ao redor. Esse distúrbio dismórfico faz com que a pessoa engate em cada vez mais atividades físicas com o objetivo de aumentar a massa muscular.
Vigorexia e autoimagem
A vigorexia um distúrbio de imagem que atinge todos os gêneros e no qual, a partir dessa dificuldade de se ver como é, o indivíduo desenvolve sintomas como cansaço, insônia, dores musculares (pelo excesso de exercícios e falta de descanso), entre outros.
Com o passar do tempo, a vigorexia levar muitas consequências sobre a visão distorcida do corpo. Dentre elas, estão o frequente uso de anabolizantes e suplementos alimentares proteicos, causando problemas como insuficiência renal ou hepática, problemas de circulação, ansiedade e depressão, além de câncer de próstata.
Se ver como realmente é
Em busca do “corpo ideal” (que, na doença, nunca chega, pois a pessoa não se sente satisfeita), a pessoa acaba se infligindo sofrimento físico e mental. Reconhecer a necessidade de ajuda é um passo importante, como em todo transtorno alimentar, e o tratamento envolve um acompanhamento multidisciplinar com nutricionista, psicólogo, psiquiatra, entre outros profissionais.
Falar sobre o assunto, desmistificar os transtornos alimentares e criar uma cultura mais gentil em relação ao corpo e a alimentação é um movimento complexo, mas necessário e possível!