Aprenda a sentir o que precisa ser sentido
Pergunto aos meus pacientes se eles sabem qual é a diferença entre o que eles estão sentindo fisicamente naquele momento e o que eles acham que deveriam estar sentindo. Eles ficam, geralmente, paralisados e sem entender o que isso tem a ver com a forma que a comida se encaixa em nossa vida.
Eis que eu concluo com eles: Essa é a parte – sentir aquilo que estão tentando evitar com comida – a que as pessoas mais resistem: resistem a seu peso, depois resistem aos seus sentimentos e então, acima de tudo, resistem à ideia de que não há recompensa em não resistir. Que o remédio para dor está na própria dor.
E essa é a parte difícil pra todos. Até pra mim. Ver que associações que temos com nossos sentimentos estão no passado. Ver que evitamos sentimentos por causa da história que contamos a nós mesmos a respeito deles. A dor machuca, a tristeza machuca, mas não são os sentimentos que nos destroem. É o que contamos a nós mesmos a respeito dos sentimentos.
É que os sentimentos com os quais lidamos no momento presente são vistos por meio de olhos históricos. Pelos olhos de uma criança. É preciso mudarmos nossa forma de agir, pensar e sentir. Isso melhora tudo. Não é uma dieta no papel que irá te ensinar isso. Você e seu corpo são capazes, muito mais do que você imagina.