Infância e relação com a alimentação
Quando falamos em alimentação na infância, geralmente surgem muitas regras. Por se tratar de uma fase importante do desenvolvimento do corpo (e também do emocional), dos primeiros contatos da criança com o mundo e seus vários elementos culturais, os pais ou tutores muitas vezes podem se sentir perdidos em relação às formas de agir com os pequenos. Uma questão que alguns têm que enfrentar é a dificuldade da criança em consumir determinados alimentos, o que pode levar o momento da refeição a se tornar complicado.
Infância e comportamento com a alimentação
Como muitos ainda não conseguem expressar de forma clara seus sentimentos e vontades, a birra e comportamentos agressivos podem aparecer como uma forma de se impor contra os alimentos que estão sendo oferecidos.
Esse é um ponto importante para se prestar atenção: o momento de comer não deveria ser traumático para a criança. Pelo contrário, estimular o prazer e mesmo a consciência sobre o que está sendo ingerido é uma ferramenta que pode ter efeitos a longo prazo.
Restrição alimentar infantil
Crianças costumam gostar muito de alimentos com muito açúcar (como doces e refrigerantes), sal (salgadinhos e derivados), processados e fast food. Restringir completamente o consumo desses itens pode gerar uma relação conflituosa dos pequenos com a alimentação, pois, nos momentos em que são permitidos, podem ser consumidos em excesso, em um processo de "compensação".
O ideal é buscar o equilíbrio, entendendo o que faz sentido dentro da alimentação da família, das necessidades nutricionais da criança e seus gostos.
Construindo uma relação saudável de crianças com a alimentação
É possível construir um ambiente receptivo para o comer, ouvir a criança, explicar a importância de consumir certos alimentos e desenvolver uma dinâmica na qual comer possa estar associada a sentimentos positivos. Crianças também aprendem por observação.
Além disso, é necessário reconhecer que crianças podem desenvolver transtornos alimentares - e, nesses casos, é essencial oferecer o apoio necessário, sem julgamentos ou culpabilizações, com objetivo de que ela possa se sentir confortável para começar o tratamento. A vida não tem fórmula pronta - e que bom se aprendemos isso desde pequenos!