Enganar a fome: um hábito que desconsidera a necessidade do corpo
Você tem o hábito de escutar seu corpo? Sim, porque o corpo fala. E um dos recados que ele manda é em relação à fome (e, consequentemente, à saciedade). Ela surge quando seu organismo necessita dessa energia e, portanto, solicita a ingestão de alimentos.
É como uma máquina que precisa recarregar a bateria. Mas, no caso do nosso corpo, essa máquina é complexa e não pode ser reduzida a fórmulas. Cada corpo tem suas próprias dinâmicas e por isso é muito importante que você entenda qual é a sua.
Hábitos da alimentação
Para além do instinto de comer, ao longo da vida vamos construindo hábitos, adquirindo gostos, absorvendo elementos da cultura e, portanto, muitas vezes acabamos "destreinando" nossa percepção para as necessidades do corpo.
Quando se vende a ideia de dietas restritivas, remédios para inibir o apetite ou mesmo a cultura de jejuns como forma de perder peso, se estimula um afastamento do indivíduo do entendimento de si.
Por que não devemos enganar a fome?
Tentar "enganar" o corpo é um processo que vai deixando marcas. Negar a fome pode fazer com que, ao pular refeições ou passar longos períodos sem se alimentar, a pessoa entre em fases de excesso, seja comprando comida de forma impulsiva ou mesmo ingerindo uma quantidades maiores do que o corpo precisa/deseja, pois já não consegue perceber os sinais da fome.
Há fatores biológicos e psicológicos envolvidos nesse processo e é possível chegar a um ponto em que o indivíduo se apartou tanto do entendimento da sua fome que só a sente quando ela chega na fase extrema.
Reaprender a respeitar a fome biológica é um caminho possível e parte, também, de um processo de se escutar, sem julgamentos, e sim com autocuidado. Faz sentido para você?