Comida conforto, afeto e paladar

Você já ouviu falar na expressão "comida conforto", que é uma tradução do termo em inglês "comfort food"?

Como o próprio nome sugere, a ideia se refere ao tipo de alimento que, quando consumido, provoca uma sensação boa, de familiaridade. São aqueles que permitem o acesso à memórias positivas e, por isso, quando a pessoa os consome, sente uma espécie de segurança, felicidade e gratificação interna.

Muita gente costuma associar "comidas conforto" apenas à pratos como hambúrgueres, pizzas, sobremesas ou outros alimentos ultraprocessados. Essa percepção, porém, é reducionista. Comida é amor, é afeto e nisso que devemos acreditar.

A comida também passa por cultura e afeto

Se para muitas pessoas as chamadas ‘comfort food’ as refeições que causam esse tipo de prazer, não se pode deixar de lado, também, aspectos culturais. Mas não há regra no que diz respeito a que tipo de comida pode se adequar a essa categoria, pois ela é, antes de tudo, afetiva e subjetiva.

As texturas, os sabores, os cheiros, a própria estética dos alimentos: tudo isso pode contribuir para se estabelecer uma relação especial com a comida. É, como tudo que diz respeito aos nossos gostos, uma construção.

Em alguns casos, são processos conscientes; em outros, são resultado de percepções que vamos construindo sem nem perceber.

Comer vai além de se alimentar

Comer é se alimentar não só de nutrientes, mas das mais variadas emoções. A comida carrega histórias, tanto coletivas quanto individuais e, por isso, a experiência da alimentação é muito pessoal.

Que possamos sempre cultivar boas sensações, nos abrir para sabores e vivências diferentes e nos permitir sentir o mundo a partir dos nossos termos. Que a ideia de bem-estar não esteja ligada à modelos pré-fabricados, mas sim ao que faz sentido para você. Me conta: você tem alguma "comida conforto"? Se sim, qual?