Amor no comer: é possível?
‘‘Quando falamos de comida, falamos sobre amor’’
No preparo, no tempero, no servir, em cada garfada: aquele simples ato de escolher o que vai fazer parte do nosso dia é também uma forma de expressarmos, de maneira pública ou até bem reservada, o quanto nos queremos bem.
No momento que vamos redescobrindo os pontos que unem a comida ao nosso coração, vamos vendo que isso ultrapassa o prato que está na mesa e cria pequenos laços com toda a nossa história. Cada comida tem uma conexão diferente com a gente, e fazemos isso sem nem pensar. Um pavê nos remete à infância, um feijão nos remete à casa da nossa avó, uma fruta nos remete à um janeiro ensolarado numa casa de praia.
Comida e amor: como se conectam?
Os laços que nos conectam com a comida é o mesmo laço que nos conecta com quem amamos e com quem fomos: por meio dela, conseguimos expressar carinho. Conseguimos cuidar. Conseguimos falar coisas sem usar uma única palavra. Sabemos bem, o silêncio depois de uma garfada diz tudo: é como um abraço.
Lembrar desses laços é entender que eles precisam ser cultivados e as comidas merecem um papel de protagonismo na nossa vida. Sentir tudo o que o seu corpo lhe fala e como aquilo se reflete em você é importantíssimo.
Transformar a comida em palavra é saber exatamente o que você quer ouvir: quando o seu corpo pede, dê. Sem meias palavras. Assim você vai se amando aos pouquinhos, sem culpa, sem nadar contra a maré. Deixe as cobranças pra depois. O seu corpo agradece e o seu coração também.